sábado, 29 de novembro de 2008

My Immortal - Evanescence


Nem mesmo a luz do luar iluminava aquela noite chuvosa. Ele caminhava sozinho na rua deserta e escura. O vento soprava forte e as gotas de chuva batiam em seu rosto, dando a impressão de cortá-lo.
Já não ligava se estava molhado. Caminhava lentamente, deixando a chuva cair pesada sobre si. Tudo o que importava eram seus pensamentos, deixando-o concentrado e perdido neles.
A verdade é que estava frustrado. Tivera outra chance, mas, como das outras vezes, ele optou por não arriscar. Sabia exatamente o que queria fazer. Quantas vezes já não havia planejado? Quantas outras já não tinha sonhado? Porém, quando tinha oportunidade, não deixava de analisar possibilidades: certo contra errado.
Mas o que é certo e o que é errado? Ele não sabia. E o desfecho era sempre o mesmo: abria mão de sua felicidade pela felicidade de alguém que nem mesmo conhecia. Esse era apenas um dos motivos.
Também não saía de sua cabeça a possibilidade de estar imaginando coisas, fantasiando. Os acontecimentos como ocorriam o deixavam alegre, feliz. Entretanto, ele queria mais. Só não sabia como fazê-lo.
Quando voltou à realidade, já estava na porta de casa. Entraria, completamente molhado, tomaria um banho e iria dormir. Afinal, como ele mesmo sussurrou para si: “No fim das contas, é tudo um sonho. Quem sabe um dia eu não acordo e tomo uma atitude?”

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Poderia ser diferente??

Você, meu caro leitor, já parou alguma vez para pensar como as pequenas escolhas influenciam de forma direta em suas vidas? Digo suas vidas, pois pareço ainda não ter percebido. Mas, assim como eu, Marcelo não tinha notado isso... Até aquela quarta-feira. 06:50 – Primeira escolha: O despertador toca. Marcelo levanta e o desliga, mas volta para cama pensando que mais cinco minutinhos não farão mal a ninguém. 09:37 – Segunda escolha: O chefe adentra o salão da empresa e diz: - Marcelo, posso falar com você um instante? O rapaz sabia que essas conversas nunca eram coisas boas, então, sentiu um desconforto ao ouvir aquelas palavras. Dirigiu-se à sala do chefe, seguindo-o. Lá chegando, o chefe tomou a iniciativa: - Não sei o que está acontecendo, Marcelo. Estou percebendo você um pouco desligado enquanto realiza suas tarefas. Sem contar que hoje você se atrasou, complicando os seus colegas. Acho que temos que chegar a um acordo que seja bom para a empresa e para você. Trabalhar aqui lhe agrada ou não? - Sinceramente, Sr. Aldo, eu já não agüento mais. Trabalhar aqui o dia inteiro e ainda estudar depois é estressante. Sem contar que aqui não se obtém reconhecimento por nada que se faz. Acho melhor me desligar da empresa. 18:35 – Terceira escolha: Ainda preso em seus pensamentos, devido à decisão que tomou nesta manhã, Marcelo não conseguia prestar atenção na aula. Não gostava de sair no meio da explicação do professor, mas dessa vez foi inevitável. Levantou-se e foi em direção à cantina. Porém no caminho foi parado: - Celo!! - Ah... Oi, Priscila. Priscila estudava junto com ele. Morar perto os aproximou, já que ele dava carona para ela todos os dias. - Você está quieto hoje... Tem alguma coisa errada? - Você notou, é? – sorriu o garoto, sem graça – Tem sim... Ela o acompanhou até a cantina e ele contou o ocorrido, enquanto dividiam um Matte. 22:03 – Quarta escolha: Estavam os dois dentro do carro de Marcelo, indo em direção à casa de Priscila. - Marcelo, você ainda está sério... Caladão. Ainda está preocupado com o que aconteceu? - Eu? Ah... Sim. Ainda estou meio perdido. – mentiu o rapaz, que, na verdade, estava envolto no mesmo pensamento de todos os dias enquanto voltavam para casa. “Ela está no seu carro, Marcelo. Você gosta dela e tem que falar isso. Não... Eu não posso. Não tenho o direito de atrapalhar a vida de outras pessoas.” - ... você também não acha? – Marcelo só ouviu o final da frase. - Eu acho? O quê? Ahn?? - Você é lerdo! – divertiu-se a garota. Chegaram ao prédio de Priscila, então Marcelo desceu para abrir a porta do carro para ela descer, mais porque a porta estava quebrada e só abria por fora do que por cavalheirismo. - Tchau, Celo. E mais uma vez obrigada. O abraço habitual de despedida e ela começou a ir para o portão. - Priscila, espera! Marcelo a puxou pela mão, fazendo o corpo dela encontrar com o seu. Os olhos se encontraram e ele moveu-se rápidamente para beijar os lábios que tanto desejava, talvez por medo de perder a coragem. Mas ele fez o que queria. E, surpreendentemente, ela não tentou evitar. Separaram-se lentamente. Olhando nos olhos dela, Marcelo disse: - Sou lerdo, é? - É! E bastante... Já tem tempo que eu estou esperando por isso. – divertiu-se ela – Mas você sabe que é complicado, né?! – o sorriso comprimiu-se na face doce dela. - Sim... Eu sei... – respondeu Marcelo abaixando a cabeça. Ela segurou o queixo dele e o fez levantar o rosto. Os olhos se encontraram novamente enquanto ela dizia: - O tempo passa exatamente como deve passar. Nem rápido demais, nem lento demais. Marcelo sorriu. 06:50 – Primeira escolha: O despertador toca. Marcelo levanta e o desliga. Não consegue acreditar que foi apenas um sonho. Tudo bem que foi o melhor sonho que teve na vida, mas seria tudo tão mais fácil se fosse realidade. Ele riu e voltou para a cama. - Dormir mais cinco minutinhos é a melhor coisa que você tem a fazer, Marcelão! – falou para si mesmo.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Separados por um Valdívia

Na foto da esquerda, temos Leonardo, estudante do curso de História na UFRJ, além de ser apontado por alguns como o homem por trás do Valdívia. Na foto da direita, encontra-se Matt Bellamy, vocalista da banda Muse.
Matt tem fama, dinheiro, mulheres, carros e tudo mais.
Porém Léo tem a amizade do Mago Valdívia, com direito a depoimento no site de relacionamentos Orkut e tudo!
Quem tá no lucro? Na minha humilde opinião é o Léo!

domingo, 2 de novembro de 2008

It's My Life - Bon Jovi

Já eram 3h da madrugada e ele não conseguia dormir. Aquele pensamento tomava sua cabeça. Precisava fazer isso. “Agora!” – pensou. Levantou da cama, vestiu uma calça jeans e sua jaqueta, foi até a garagem e pegou sua moto. Dirigiu até quase o outro lado da cidade. Estava com muita pressa, por isso ia em alta velocidade. *** O telefone tocou. Ela acordou e olhou para o relógio, que marcava 3:14. Levantou e atendeu, ainda com voz de sono. Depois de ouvir a pessoa no outro lado da linha, o telefone caiu de sua mão. *** Ela entrou correndo pela porta do hospital e foi até a recepção. Nem esperou a recepcionista terminar de falar e já foi depressa para o quarto indicado. Entrou afobada e o viu deitado na cama, fitando-a. A sensação de poder tê-lo perdido para sempre a fez agir sem pensar muito. Foi até ele e o beijou. O beijo mais apaixonado que ele já havia recebido em sua vida. Ele conseguiu o que queria. E foi mais fácil do que pensou, afinal, não teve que se declarar para a garota que amava secretamente há tanto tempo, como tinha planejado fazer ao sair de casa.