quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cheiros

Já notaram como são interessantes os cheiros? Eles nos fazem lembrar coisas, acontecimentos. E mais interessante ainda é o fato de associarmos alguns cheiros a coisas que na verdade não tem esse determidado cheiro. Confuso? Vou tentar explicar. Após uma discussão como essa, eu, minha amiga Fernanda e Carlos, o namorado dela, resolvemos fazer uma experiência. Após uns dias recolhendo coisas cheirosas (e neste ponto, "cheirosas" é apenas pelo fato de ter cheiro), eu e Carlos vendamos Fernanda. Em seguida, aproximei um tubo de protetor solar do nariz dela e pedi para que me dissesse que cheiro era aquele: - Cheiro de praia! - respondeu minha amiga, enquanto Carlos se divertia com a cena. Depois, foi a vez do cocô de cavalo, para delírio do rapaz. Ela, surpreendentemente, respondeu: - Humm... Cheirinho de hotel fazenda, sítio, sei lá... Então, peguei o peixe, comprado há 3 dias e esquecido fora da geladeira. Fernanda começou a dar risadinhas ao sentir o cheiro e eu, sem entender, indaguei: - Qual é a graça, Nanda? - Ah! Eu não acredito!! - ficando vermelha e rindo sem parar. - Não acredita em quê, garota? - Não acredito que o Carlos tirou a roupa, assim, na sua frente! (Agradecimentos às amigas Marcelle e Ana Paula, que riram da situação acima, o que me deu coragem de postar)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Minha resposta

Brasil, Portugal ou China... Em qualquer lugar do mundo. Longe ou perto, onde for, Ao perguntar-me, não durmo. Por que vivo? Quem eu sou? Entregue-me a solução, Quanto antes for possível, Uma luz ao coração. E o que é vida? O que é universo? Não sei, mas posso dizer: Acho a resposta nos versos.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cara de besta

Era apenas mais um fim de semana com o costumeiro almoço em família. Todos os tios, primos e demais familiares reunidos. As conversas rolando como sempre, enquanto Cadu, o mais velho dentre os netos, com 23 anos, se divertia com seu priminho mais novo, Marquinhos, de 7 anos. Cadu ria e brincava de modo que não se podia identificar quem era o mais criança entre os dois. Até o momento que Marquinhos ficou mais quieto. - O que foi, primo? Ficou quietão... – perguntou o mais velho, despenteando o outro. - Nada, to pensando aqui. – disse o garotinho enquanto arrumava o protótipo de moicano que o primo havia bagunçado. - E você pensa, é? Com 7 anos? Eu tenho 23 e ainda não aprendi a fazer isso! Marquinhos deu um sorriso leve e continuou: - O que é amor, Cadu? A pergunta pegou de surpresa o jovem rapaz. - Amor? Como assim, Marquinhos? Existem vários tipos de amor... - Amor de menino e menina! Igual de pai e mãe! - Rapaz... Isso é complicado! Por que a pergunta? - Nada, ué... Só queria saber. - Ok, vou tentar explicar, mas não espere muita coisa... Amor é quando você pensa sempre na outra pessoa. Quando ouve uma música e lembra dela, por saber que ela gosta dessa música, ou por saber que ela odeia essa música, ou, ainda, por não saber se ela gosta ou odeia a tal música. É quando você sempre encontra motivos para associar ela a alguma coisa que aconteceu no seu dia, mesmo que não tenha absolutamente nada a ver. É quando você vê um filme e imagina que ela é a protagonista perfeita e que você é o mocinho que vai fazer de tudo pra ela ficar feliz. É quando você muda todo o seu horário só pra ter dez minutinhos conversando com ela. É quando ela é a última pessoa que você pensa antes de dormir, isso se você conseguir dormir enquanto pensa nela. E, caso consiga, você terá sonhos que nunca imaginou ter, com coisas que nunca imaginou serem possíveis de acontecer, que te darão muitos motivos pra pensar. É quando você olha pra ela e o resto do mundo parece escurecer, porque você só enxerga ela e fica com cara de besta. Amor é... Ahh, sei lá, Marquinhos! Conseguiu entender alguma coisa? - Não... - É... Amor não se explica. Você só vai entender quando sentir. - E cadê a sua namorada? - Namorada, Marquinhos? Não tenho namorada! - Não? Nenhuma menina te faz isso tudo que você falou? - Eu não disse isso... Mas é confuso demais. Quando você for mais velho, te conto sobre minhas meninas. - Ah! É mais de uma, então?? Sabia!! Por isso que sua cara de besta está mais clara que o normal! – disse Marquinhos rindo e tentando imitar o tom do primo ao falar “cara de besta”. - Ô, Zé Mané! Deixa de ser abusado e curioso! Esquece isso! Aliás, estou pensando seriamente em fazer um penteado estiloso, igual o seu moicano aí, pra ver se faço mais sucesso com as garotas! Os dois riram e voltaram às brincadeiras e palhaçadas de antes.